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08 abril 2019

Você sabe o que é brinquedoteca? - O Mundo Mais Criança




BRINCAR, BRINQUEDO E BRINCADEIRA Brincar sempre fez parte do nosso dia a dia, como podemos verificar na fala de Wajskop (2001, p. 19), quando a mesma relata que: Desde os primórdios da educação greco-romana, com base nas idéias de Platão e Aristóteles, utilizava-se o brinquedo na educação. Associando a idéia de estudo ao prazer. Platão sugeria ser, o primeiro, ele mesmo, uma forma de brincar. Observa-se que o brincar sempre esteve presente na história da humanidade e é fundamental pra o desenvolvimento da criança, pois ainda Wajskop (2001) relata que antigamente, utilizavam-se de dados, isto é, jogos didáticos que determinavam a importância da educação sensorial 

Por outro lado, o autor acima citado descreve que é apenas com a ruptura do pensamento romântico que a valorização da brincadeira ganha espaço na educação das crianças pequenas, ele que dizer que antigamente, a brincadeira era vista por muitos como uma fuga ou recreação e a imagem social da infância não permitia e nem aceitava um comportamento infantil, livre, que pudesse significar algum valor em si. O autor Wajskop (2001, p. 19) afirma que é a partir dos trabalhos de “Comenius (1593), Rousseau (1712) e Pestalozzi (1746) que surge um novo “sentimento de infância” que protege as crianças e que auxilia este grupo etário a conquistar um lugar enquanto categoria social”. 

Portanto, tal valorização ocorre, por estar fundamentada numa concepção idealista e protetora da infância, que segundo Wajskop (2001) aparecia em propostas educativas dos sentidos, fazendo uso de brinquedos e centrada no divertimento. Assim, conforme nos relata Wajskop (2001, p. 28): 

A brincadeira, na perspectiva sócio-histórica e antropológica, é um tipo de atividade cuja base genética é comum à arte, ou seja, trata-se de uma atividade social, humana, que supõe contextos sociais e culturais, a partir dos quais a criança recria a realidade através da utilização de sistemas simbólicos próprios. 

Sabendo-se que a brincadeira é uma atividade específica da infância, considerada como recurso didático, isto é, a brincadeira pressupõe uma aprendizagem social, aprende-se a brincar e brincado. Enquanto a criança brinca, expressa sentimentos, crenças e modos de pensar, agir e falar, onde a brincadeira estimula a participação de todos. 

É brincando que a criança dá asas a imaginação e por meio das brincadeiras, às crianças aprendem a viver e a conviver, a lidar com euforia e com as limitações. As brincadeiras e jogos são fundamentais para o desenvolvimento da motricidade, do raciocínio através do faz de conta, utilizado pela criança quando brinca. Compreendendo a relação das crianças com o brincar, devemos identificar as necessidades que o movem em direção a essa atividade. Segundo Garbarino (1992 apud BOMTEMPO, 2001, p. 69): 

É através de seus brinquedos e brincadeiras que a criança tem oportunidade de desenvolver um canal de comunicação, uma abertura para o diálogo com o mundo dos adultos, onde ela estabelece seu controle interior, sua auto-estima e desenvolve relações de confiança consigo mesma e com os outros. Alem das funções mencionadas antes as brincadeiras podem ainda ser trabalhadas para aliviar tensão, garantindo um momento de lazer para as crianças, contribuem para o desenvolvimento de habilidades motoras, como agilidade, coordenação e equilíbrio. Além de facilitar o ensino de valores como respeito, tolerância e cooperação. As brincadeiras ajudam a criança a entender o mundo.
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07 abril 2019

Brinquedoteca e Aprendizagem Infantil


A infância é uma etapa fundamental no desenvolvimento humano, marcada pelas atividades físicas intensas, sendo que estas são necessárias para que a criança possa ir aos poucos explorando e conhecendo o ambiente a sua volta e assim, conseqüentemente, crescendo normalmente e aprimorando seu conhecimento sobre o mundo. Para que ela possa percorrer esta etapa de sua vida sem prejuízos é necessário gozar de saúde. Porém, no decorrer de seu desenvolvimento, as crianças passam também por períodos de doenças, o que muitas vezes pode ser acompanhado de hospitalização. O adoecimento e a hospitalização na infância são eventos não esperados para esta fase do ciclo vital, assim, são considerados como momentos de crise para a família.

O processo de hospitalização infantil é, sem dúvida, marcante na vida de qualquer criança, uma vez que neste momento ela se percebe frágil e impossibilitada de realizar suas atividades normalmente, alterando a sua rotina diária, como brincar e ir à escola. A imagem de infância é intimamente ligada ao bem estar, energia e alegria, o que torna mais difícil assimilar a doença e a hospitalização nesta fase do ciclo vital, tanto por parte da própria criança como de toda sua rede de apoio.

O ambiente hospitalar é, geralmente, desconhecido para a criança, tanto em seu aspecto físico quanto em sua rotina. Ele possui normas e regras específicas, e a criança e sua família precisam se adaptar a estas condições, como o horário e cardápio para as refeições; uma cama na qual não está acostumada a dormir; roupas diferentes das quais não utiliza em casa; banheiro comunitário e falta de privacidade, tanto em relação à proximidade dos leitos quanto a procedimentos médicos invasivos e dolorosos. Estas condições hospitalares podem gerar uma despersonalização do paciente e dificultar no enfrentamento da doença. 

Todas essas mudanças causam um impacto na criança e podem alterar seu comportamento durante e depois da internação. Assim, a hospitalização e o adoecimento podem ser fatores de risco para o desenvolvimento infantil.

Vale salientar, que as conseqüências da hospitalização, em maior ou menor proporção, depende de diversos fatores, tais como: idade, personalidade da criança, tipo de relação pais-filho, reação dos pais para com a doença, tempo de hospitalização, reincidência de internação, as informações que a criança possui sobre seu estado, diagnóstico médico, representações sociais da doença, estratégias de
enfrentamento da situação utilizadas pela criança e pela família.
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