Conceito de CRIANÇA:
A criança é um ser humano, no período da infancia. Esta é um sujeito histórico de direitos e que tem interrelações e relações nas práticas cotidianas e é por aí que essa criança vai conseguir aprender. apreender e entender o mundo. Pra isto, ela vai construir sua identidade pessoal e coletiva. Brincando, imaginando, fantasiando, esperimentando muitas coisas, questionando e principalmente construindo os sentidos sobre natureza, sobre a sociedade, sobre si mesma principalmente sua singularidade, sua individualidade pra depois puder entender ela dentro de um coletivo, dentro da sociedade.
A criança no contexto histórico:
Na Idade Antiga, a criança era tida apenas como ser biológico que que tinha necessidades biológicas servia como mão de obra.
Na Idade Média, encontramos um novo conceito, além dos já mencionados que era o adulto em miniatura. Existia uma mortalidade infantil enorme nesta época, pouquíssimas crianças ultrapassavam um ano de idade e daí pra frente, menor ainda a possibilidade de crescer e se tornar um adulto. Portanto, a idéia que se tinha que era um adulto em miniatura, que estava em teste para ver se ia "vingar" na vida e se tornar adulto.Com isto, se era requeridos dela, serviços de toda sorte e sua identidade era moldada na identidade de um adulto em miniatura, tanto que as roupas, o tratamento,eram os mesmo dados a um adulto. Não existia um tratamento específico e nem a afetividade que é dada hoje às nossas crianças.

Já na Idade Moderna, com a Renascência, com o desenvolvimento tecnológico, com o desenvolvimento filosófico, nós já tivemos várias situações: o surgimento de instituiçoes educacionais que era especificamente para a nobreza e a burguesia e principalmente a instituição família, começaram a tratar as crianças num sentido de uma certa ingenuidade, atentando para sua pureza, sua graça e sua angelização e uma certa paparicação. Lógico que isso dentro das situações sociais que eram favorável às famílias, dependendo da classe social. Nas famílias pobres, a criança continuou sendo vista como mão-de-obra. Mais tarde, por questões religiosas, aparece a questão da moralização. então a criança tinha que ser educada e disciplina porque ela era um ser da disrazão, ou seja, era um ser incompleto e como era tida com uma falta de objetividade, era alvo da disciplina. Tanto que nesta idade, as crianças eram castigadas severamente e instituíu-se o uso da palmatória.

Só no século XVIII, é que começa a surgir o sentimento de infância. Quem fala muio sobre isso é o autor Michael Carrier. Nos séculos XIX e XX é que surge os termos: forma ideal de criança; os modelos de infância; os direitos da criança. as prerrogativas de idadania e as teorias do desenvolvimento. Agora no século XXI é que a criança ganha um novo conceito, sendo tratada como um sujeito histórico, de direitos, porém, se dá uma adultização das crianças, sendo cobradas de seus pais, uma agenda integral, que se não estão em uma escola de tempo integral, assumem mil e um afazeres que lhes são impostos."Elas não têm mais tempo de ser criança", São aulas de balé, inglês, natação, judô, etc, além da sua formação escolar. Fica de lado o elemento brincar que é onde a criança desenvolve inúmeros fatores psicológicos, físcos, afetivos e cognitivos para se tornar um adulto saudável.
O conceito de Infância:
A Infância é uma construção cultural. Cada sociedade vai montar o seu próprio conceito de infância, com base em suas etnias, raças, credos e nacionalidades e trabalhar o seu conceito de multiplas maneiras. A maneira como a infância é vista atualmente é mostrado no
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (Brasília, 1998),
que vem afirmar que “as crianças possuem uma natureza singular, que as
caracterizam como seres que sentem e pensam o mundo de um jeito muito
próprio”. Sendo assim, durante o processo de construção do conhecimento,
“as crianças se utilizam das mais diferentes linguagens e exercem a
capacidade que possuem de terem idéias e hipóteses originais sobre aquilo
que procuram desvendar”. Este conhecimento constituído pelas crianças “é
fruto de um intenso trabalho de criação, significação e ressignificação”.
A Educação Infantil:
A partir do momento em que alcançou – se uma consciência sobre a
importância das experiências da primeira infância, foram criadas várias
políticas e programas que visassem promover e ampliar as condições
necessárias para o exercício da cidadania das crianças, que por sua vez,
passaram a ocupar lugar de destaque na sociedade.
No Brasil temos, atualmente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional nº 9394, que ressaltou a importância da educação infantil tornando-a primeira etapa da educação básica, em seu titulo II, art 2º nos
mostra que.
A educação dever da família e do estado inspirada nos
princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana,
tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho.
Esta citação encontra respaldo no art. 4º, IV que diz: “o dever do
Estado com educação escolar pública está efetivado mediante a garantia de
(...) atendimento gratuito em creches e pré-escolas as crianças de zero a seis
anos de idade”.
Houve também a criação do Conselho da Criança e do Adolescente, no
ano 1990, que
explicitou melhor cada um dos direitos da criança e do
adolescente bem como os princípios que devem nortear as
políticas de atendimento.
Determinou ainda a criação dos
Conselhos da Criança e do adolescente e dos Conselhos
Tutelares. Os primeiros devem traçar as diretrizes políticas e
os segundos devem zelar pelo respeito aos direitos das
crianças e dos adolescentes, entre os quais o direito à
educação, que para as crianças pequenas incluirá o direito a
creches e pré-escolas. ( CRAIDY, 2001, p.24)
Na visão de muitos autores a criação do Conselho da Criança e do
Adolescente é vista como um marco no diz respeito ao reconhecimento e
valorização da infância por parte das políticas públicas.
Torna-se relevante citar também o Plano Nacional de Educação (PNE),
que em consonância com os princípios da Educação para Todos, estabelece
metas relevantes de expansão e de melhoria da qualidade da educação
infantil.
A atuação, nesse sentido, tem como objetivo concretizar as metas estabelecidas no PNE e incentivar estados e municípios a elaborem seus
planos locais de educação, contemplando neles a educação infantil
ressaltando assim a importância destinada á infância na sociedade atual.
Em um conceito mais amplo, Educação Infantil é um conjunto de processos pedagógicos, tendentes ao desenvolvimento geral do ser humano.
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Pelo contrário, alerta contra a violência e adultização da criança.